"Talvez
O encanto acaba aos poucos
Ele vai indo, vai iiiindo, vaaai
O dobrar da curva pode ser perigoso
Talvez não voltemos a nos ver mais
Talvez eu passe reto pela encruzilhada
Talvez
O encanto acaba aos poucos
Ele vai indo, vai iiiindo, vaaai
Desce a escada devagarinho
Talvez eu desça pelo corrimão
Talvez escorregue e te deixe para trás
Talvez
O encanto acaba aos pouco
Ele vai indo, vai iiiindo, vaaai
Então os sons serão substituídos por outros sons
Talvez fique um pouco para lembrar
Talvez nem toque mais a mesma música
Talvez
Iole Godinho, 11/2016"
Há um ano atrás escrevi esse poema. Talvez. Talvez tudo mudasse. E tudo mudou. Como em tudo na vida. Bidê ou balde cantava que é sempre amor mesmo que acabe. Talvez. Talvez mudem os gostares e os quereres. Talvez. Quem somos nós depois de um ano? Tanto de mim ainda imutável, tanto de mim metamorfose. Às vezes ainda acordo pensando nele, ou quero dizer-lhe algo. E lembro da música do skank que diz "sinto muito se eu não fui seu mais raro amor". Porque é justamente isso. Se eu não fui, paciência, a vida é assim, tentamos até que um dia encontramos alguém que se encaixe. Talvez tenha sido um arrebatado amor que um dia murchou. Talvez seja até eterno. Talvez nunca tenha sido realmente nada. Do outro nada sei. Sobre sentimentos só sei de mim.
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