quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Uma utopia chamada amor

O medo de ficar só e o quão desesperada pareço por mendigar a atenção do outro.
Sim, sou quase especialista nessas duas artes.
Parece falta de amor próprio, e realmente deve ser, ficar mendigando a atenção de alguém. Tou ficando cada vez mais carente com o passar dos anos. Mas é que me sinto cada vez mais sozinha. Hoje, sem meu filho, sem ninguém, me sinto a pessoa mais sozinha do mundo. E o mundo facilmente se torna uma bosta. Fico querendo conversar, puxar papo, sei lá, mas me sinto desesperada. Se a pessoa em questão quisesse falar comigo ela falaria. Não tenho bons históricos dessas minhas tentativas. Geralmente pareço chata e carente. Deve ser por isso que levo umas ignoradas, umas viradas de cara, umas visualizações sem respostas. E por quê, mesmo com tudo isso, eu continuo querendo falar com algumas pessoas? Sabe, tou cansada de ser tratada como uma mera diversão a ser requisitada nos momentos de ócio. Porque o amor, beibe, pode existir, mas ele se afasta de mim toda vez que penso estar perto dele. E não falo do meu filho, nem dos meus pais, não, não sobre esse tipo de amor. Falo do se sentir só em relação a um companheiro. Por quê as coisas não acontecem comigo? Lembro dos meus choros a 12, 13 anos atrás, e eram os mesmos choros. Passa o tempo e continua a mesma merda. Eu não sei conquistar um relacionamento. Eu não sei fazer as coisas virarem amor e essa utopia não acontece comigo. Me sinto ficando velha, carente e só. E mesmo aquela pessoa, que eu tanto gostei, e que me ignorou, hoje quando diz sentir algo por mim eu já não acredito mais. É carência, apenas, não é querer. Eu sou chata? Eu sou desinteressante? Eu queria não ser! Eu queria ser uma pessoa muito bacana, mas não consigo me encontrar nesses termos. Falta confiança. Se não confia em ti mesmo, quem vai? Mas os carinhas só querem sexo, sabe, e eu sou burra o suficiente para ainda gostar de alguns deles. Sou carente, durmo abraçada com meu filho, quando ele não está durmo nos braços de leozinho (nosso leãozão de pelúcia). Estar em casa só, agora, está me fazendo um mal danado. Tudo que eu não chorei nesses dias estou chorando agora. Me sinto burra, chata, desinteressante, feia. Me sinto apenas um pedaço de carne que o animal homem quer para comer, mas joga fora o resto. O resto não serve. Estou com medo porque estou cansada. Cansada de ser tudo igual. Quero viver a ilusão do amor, mas nem isso mais consigo. O que fazer de nós quando até em nossas utopias deixamos de acreditar?
 
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