sexta-feira, 14 de abril de 2017
Isso não é para ser um blog interessante. Isso só é meu diário, que nem tantos outros diários que tive na infância e na adolescência. Escrever é mais fácil, sinto menos vergonha dos meus sentimentos. Ultimamente quero escrever qualquer coisa que me venha à cabeça. E isso me dá um certo receio. Receio de meu ex, que tem sido meu assunto mais recorrente, veja isso. Ao passo que acho que ele não vê. Não é interessante. Ele não costuma ler blogs. Ele não tá nem aí pra mim. E essa parte é tão incômoda. Quanto tempo leva para superar uma distância? Queria não ter gostado tanto, queria na semana seguinte estar com alguém. Mas eu não consegui, eu não consigo. Li que escrever o que de ruim tinha em continuar junto e o que tem de bom em estar só me ajudaria a superar. Todos os dias eu penso que ele já está com alguém, está apaixonado, está amando. Todos os dias eu penso que essa pessoa não sou eu. E isso já deveria, por si só, ser motivo para eu desencantar. Qual o meu problema para ficar me torturando à toa? Sempre soube me retirar quando sei que perdi algo ou não sou bem-vinda, mas isso não quer dizer que não doa. Dói saber que não sou mais seu amor. Dói saber que não dormirei contigo ao meu lado, dói saber que não cuidarei mais de você, dói tudo. Mas puxa, Iole, você não pode ficar assim para sempre. Tem que pensar como é legal quando sai e se sente paquerada. Tenho que pensar que o novo vai vir. Correr atrás de me relacionar com alguém só por se relacionar não vai dar em nada.
Eu nunca me dei bem com essas coisas de amor. Acho que por isso que eu havia me trancado. Quando me abri ao meu amor tudo pareceu tão mágico, tão espetacular. Amar alguém, se sentir amada! E então tudo se quebrou. Uma sensação de ter amado só. De sofrer só. De se estar só. Ele não te ama, Iole. Ele não te quis. Só isso deveria bastar. Não guarde seu amor para quem não te quer. Supera, supera.
Estou sem vontade de sair, achando tudo muito chato. Mas se eu ficar trancada, só, vai apenas piorar. Ninguém sai da tristeza se se permitir a ficar apenas nela.
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