terça-feira, 29 de abril de 2025

poema n°2

Eu nem ao menos sei dizer quantas vezes te quis e quantas deixei de te querer

Como se fosse um vento numa curva

Ou numa beira de mar

Brincando com os sons das tuas palavras

Compassado, solto

Às vezes brisa que caminha leve

Às vezes furacão 

Eu nem sei nem ao certo dizer quando me desinteressei por você 

Talvez fosse chuva numa tarde de verão 

Talvez fosse queda d'água no caminho de um rio

Correndo, correndo

Eu simplesmente nem sei dizer quando te olhei e não desejei você 

Quando em vista turva surge como fagulha

Vira fogo, fogueira, vulcão 



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