sábado, 2 de dezembro de 2017

A casa da infância

Eu adoro tons pastéis! Têm cheiro de infância! Assim como os passarinhos, poucos, que ainda conversam por aqui.
Saudade da casa dos meus avós, onde passei minha infância. O sino da igreja que tocava anunciando as horas, a rua pequena de casas e prédios antigos no bairro de Nazaré, em Salvador. A rua, que na minha cabeça de criança, era imensa! O mercadinho na esquina da ladeira onde eu tive minhas primeiras noções de valores, a ladeira que subíamos ou descíamos para ir ou chegar de qualquer canto! Os sons que vinham da Fonte Nova em dias de jogo, o meu avô que não me levava ao estádio, o quarto que eu dormia com a minha avó, o barulho do carro do meu pai, às sextas-feiras quando ele vinha me pegar, Xodó latindo (e me mordendo, desconfio que ele nunca gostou muito de mim)... Saudade dos sons da rua da infância! As crianças correndo lá em baixo, eu pouco, minha avó não me deixava sair muito. Mas eu olhava o mundo pela janela! Meu avô tinha um binóculo, eu olhava as casas e me imaginava morando nelas, os quadros pendurados, se tinham plantas ou não! E o sino tocava, os passarinhos cantavam, meu avô trazia revistinhas em quadrinhos e lanches! Saudade da casa e deles, Dona Maria, Seu Alberto, partes de mim...

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