Eu sou uma pessoa confusa pra caralho.
Como pode alguém num dia tecer poesias a um amante e pouco depois ser sugado loucamente por um desejo sexual incontido?
Porque o amor não é só sexo.
E sexo muito menos é amor.
Sexo é carne, desejo, vontade.
Amor é imaterial. É imateria. É Promethea.
Amor é bossa nova, sexo é carnaval.
E eu não quero me sentir eternamente culpada pelos meus impulsos. Uma certa Pollyana e um jogo do contente. Já tá feita a besteira, então, paciência, pelo menos retire as coisas boas dela.
E foi bom.
Me desculpe, mas foi muito bom.
O que é diferente, e confuso.
É como se cada coisa fosse boa de uma determinada maneira.
O sexo foi bom. Foi talvez a transgressão que eu precisava para sair da monotonia.
Mas o sexo em si não faz com que a minha admiração fosse perdida. Ainda admiro. Ainda gosto.
Mas não soube respeitar.
E é como se dentro da minha loucura coubessem duas ioles. Duas pessoas. A que diz foda-se e a que sofre.
E sabe qual é o melhor de tudo?
Saber que nada no final vai dar certo.
Será que serei sempre imatura de não conseguir controlar certos ímpetos?
E sendo mais confusa ainda de ter certeza de ter gostado. Não do que ficou do lado de fora do quarto. O que ficou do lado de fora fez com que eu me sentisse uma pessoa péssima, escrota.
O que ficou do lado de fora ficou mais dentro. Doeu. Em você. Em mim.
Sinto-me confusa que é como se uma parte de mim quisesse gritar, gozar e gozar.
Enquanto a outra fica sem saber como te encarar.
Gostares diferentes.
E às vezes a gente não sabe dosar isso. Acaba, como sempre, enfiando os pés pelas mão.
Um luta constante entre meu id e meu superego.
Quando o id vencer se torna coisa boa?
Não deveríamos nos preocupar com isso. Deveria ser sempre bom.
Mas meu superego me condena. E isso é ruim.
Caro Raul... eu não sou ego para ser ista. Sou mais que tudo id.
Mas sou extremamente egoísta.
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