domingo, 28 de setembro de 2025

algo que me faça sentir

Numa noite de réveillon desejei não sentir mais falta de estar com alguém e depois fiquei sem saber se tinha me expressado bem. Eu nem sequer sabia se era isso que queria. Estava cansada de desejar um amor romântico em minha vida. Nunca deu certo. Acho que algumas pessoas nascem predestinadas a não ser um par. Nesse caminho aprendi a criar e respeitar um outro tipo de amor: o próprio. E nesse meu autoconhecimento tive que aprender a ser só. A ser mais exigente. A não ter que achar que tenho que estar com alguém. Talvez eu tenha errado na dose, ou talvez tenha sido culpa das palavras que queimei no réveillon, ou quem sabe até sintomas precoces de uma menopausa. Algo quebrou pra mim. Não sei em que caminho o amor passou que eu não o vi. Hoje as pessoas me parecem cada vez menos interessantes. Bem, as pessoas são interessantes, não é isso. Só não mexem o suficiente com minhas borboletas, as que nem sei mais se residem no meu estômago. As pessoas acham que as outras só estão bonitas ou felizes se fizeram sexo. Eu acho uma maneira muito reducionista de pensar a vida. Sexo por sexo pra mim é performance, e eu já performo muitos momentos da minha vida. Não vou jurar que não quero nada nem ninguém, pois se assim fizesse estaria mentindo. Eu quero. Quero algo que me faça rir, me arrepie, me encorage. Eu quero algo que me faça sentir. 

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