domingo, 21 de maio de 2017

Resolvo fazer algo nesse domingo de compromissos cancelados. Daí percebo que não tenho nem cinco contatinhos, isso contando os contatinhos de outros estados. Falaram que eu deveria usar o Tinder. Mas não sei, não gosto da ideia. É muito catálogo, menu de restaurante. E não é isso que quero.
“Você viu essa postagem de L? Será que ela falava de P?”
“Não a tenho no face.”
“Te mostrar.”
“Nossa. Será?”
“Não parece.”
Algo sobre odiar ele ir embora, mas adorar a bundinha dele.
E segue-se mais um trecho do circo que escutei outras vezes, de não confiar nela.
Mas não era isso! Isso era apenas um engodo!
Ele comentou a postagem. Ela respondeu. E começou uma conversa entre os dois, uma intimidade impressionante para pessoas que mal se conheciam.
Mas o mais interessante é que quando ele me mostrou o post não havia mais essa conversa. Ela já havia sido apagada.
E eu nem desconfiei de nada.
Segundo a própria L ele era sempre tão afetuoso com ela nos abraços e beijos...
E eu nem desconfiei de nada.
Aplausos para a pessoa mais perspicaz que conheço: eu!
E sim, fui irônica.
Sabe que nem deveria doer tanto, né? Afinal era mais uma entre as outras. Nenhuma novidade.  Dói é querer me afastar e ainda descobrir coisas assim! Dói porque parece que a vida ainda chega e grita ‘tola’ para mim!
Mesmo assim, já que não dá para ter um brilho eterno de uma mente sem lembrança, agradeço, agradeço por, pelo menos, não ter mais a sua companhia.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Um dia para acordar. Acabou o rivotril. Um dia para pegar essa angústia que insiste em aparecer e ir, com ela ou sem ela, mas ir. Acabou o rivotril. Tenho que pegar esse coração que parece que vai saltar do peito e colocá-lo sentadinho, apreciando a paisagem. Ter que líder com a realidade que me afronta, confronta. Não deve ser em pedaços de um comprimido que eu encontre paz. Mesmo que toda essa soma me faça feliz. Mas, não é assim? Criamos nossos refúgios, nossas curas e permanências, em comprimidos, igrejas, amores. Um eterno ciclo de adoecer e se curar.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Minhas paixonites e meus platonismos às vezes me cansam. Eu olho fotos, imagino a pessoa, crio situações imaginárias. Tenho que parar de construir castelos onde não existe! Então meu imediatismo diz: “Chama”! Minha timidez desiste. O que dizer? Como falar? Como ser interessante? E se, e se, e ses! Algumas paixonites com mais forças que outras. Algumas pelas quais eu estaria disposta e ficar mais. Quero mais permanências. Quero mais desejos! Quero mais entregas! Quero tudo e pouco sei fazer. A eterna garotinha que Cassia Eller cantava.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Não seria de bom grado dizer que pensei em ti e enviar uma foto assim, mostrando em meus dedos o tipo de pensamento. Não, não seria de bom grado. Mas talvez, entre nós, soasse apenas como uma provocação para nossos desejos. Beibe, beibe, é tesão, apenas tesão.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Eu me encanto por você toda vez que você se vai Não pelas vezes que vem, pois são todas elas imprevisíveis Me encanto com seu sorriso que adorna um olhar triste E me sinto bem Um bem estranho, não confessado Um bem que nem sei direito o que é Mas que cabe na eternidade de sua efêmera passagem
 
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