sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Anotações 1

Por mais que às vezes eu me sinta mal e queira desistir de tudo, estou aprendendo algo que não sabia fazer: aprendendo a ter metas. Nem que a dor dure tempo suficiente para achá-la insuportável, todas as raivas internas e angústias, todas as inseguranças. Esse tempo dura tempo suficiente para se cumprir uma meta.
Estou muita cansada.
Mas vou ter um foco, que nunca antes tive.
Um ano, talvez.
Foco
Que se não der certo agora, um dia dará.
Só fazer valer acontecer.
Então não se desespere, iole, seja forte.
Todos dizem que me acham uma mulher forte. Será que minha máscara engana tanto assim? Quem me conhece de verdade sabe que sou frágil, quase desmoronando em castelo de cristal.

Anotações 5

Vou falar um pouco de mim, tentar dessa maneira entender meus sentimentos. Nunca fui de relacionamentos. Nem com amigos, nem com namorados. Poucas pessoas. Acho que sou meio autista. Ou medrosa demais. A verdade é que tive poucos relacionamentos sérios e muitos relacionamentos divertidos (e alguns engraçados e outros tenebrosos). Meu primeiro grande relacionamento foi um relacionamento informal. Felipe. Perdi a virgindade com Felipe, apesar de já ter fama de quem dava muito antes de realmente dar. Eu já era maior de idade. Já fumava maconha. Felipe me apresentou muitas coisas. Me apresentou o sexo, a amizade antes, durante e depois do sexo. Mas sim, no começo ele tinha namorada. Uma vez lembro do carro ter parado num sinal e ter um casal amigo dela no carro ao lado. E depois a estória, confirmada pela irmã/cunhada/amiga cúmplice da história. Ele havia ido me pegar para eu poder passar a noite com a ela! Mas sim, como eu ia falando, meu relacionamento com ele durou anos éramos a gente, amigos especiais, coloridos, ou como se diz hoje em dia, pau amigo. Mas não era pau amigo, era um amigo com pau. Um puta amigo, conselheiro, que um dia nos olhamos e dissemos: “Vamos ser mais amigos realmente?”. Depois de 05 anos havíamos cansado do sexo sempre, mas não da amizade. E eu vim pro Ceará. Nos falávamos, e-mails, vez ou outra um telefonema (na época não havia infinity da tim). E quando eu precisei dele, quando veio o pedido dele para que eu voltasse, ele morreu. Simplesmente morreu. Mas foda-se, quero e sou egoísta, ele pode ter deixado o mundo, mas para mim o que importa é que ele me deixou, para sempre.
 
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