segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Acordei assim

Acordei romântica hoje
E isso é um problema
Talvez a falta de alguém
Talvez a falta de amor
Ou perspectivas
Acordei assim sem nem ter um por quê
Mas senti cheiro de nostalgia
De casa antiga das férias de infância
Das ruas de areia
Das flores amassadas na panelinha de plástico
Acordei querendo viajar
Querendo ser braços e abraços

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

O que nos representa?

Não, o Brasil não está para amadores, essa eleição não está para amadores. Às vezes sinto como se tivesse sido transportada para algum filme surreal de realidade fantástica onde as coisas deixam de fazer sentido e por isso mesmo passam a ser corriqueiras, fazendo do seu não sentido um enorme sentido de realidade. Elegeu-se como presidente um candidato que me deixa assustada de como conseguiu ser eleito. Assustada, não surpresa. Um candidato que não foi a nenhum debate, e vamos deixar desse mimimi de facada porque tem muita gente que levou facada bem mais bizarra que a do sujeito em questão e pouco tempo depois tava aí de pé! Como é que se diz tão corajoso e nem esse esforço faz? Mas uma coisa é certa: anda cada vez mais abatido, e dai vem sempre minha teoria da conspiração preferida de que ele tem câncer. Então foi eleito um cara cuja ideias nunca foram debatidas. Sabe aquele dever de casa da infância que pedia a resposta e a justificava? Nunca fez tanto sentido. Ahhhh, mas lula e dilma também não compareceram aos debates. De segundo turno e reeleição. E eu não concordo com eles. Deveriam ter ido e ter dado a cara a tapa. Mas o futuro (mangalô pé de pato três vezes) presidente não. Inflamou uma candidatura muito bem pré-meditada de fakenews, aproveitou o momento de desgosto que a nação vivia e viu ali a maneira de fazer com que um mentira dita mil vezes se transformasse em verdade. Porque sim, porque não, é isso aí não são respostas! Mas as chamas já estavam acesas e apagar ideias é difícil. Registros não, são fáceis de manipular. Não é suspeito que o jornal vinculado à emissora que apoiou e apoia a campanha de JB seja a mídia a veincular o suposto convite para um ministério feito a um corrupto conhecido? E não é mais suspeito ainda que essa matéria tenha desaparecido? Fazendo com que suas replicações sejam as fakenews tantas vezes citadas? Quando criança eu tinha medo das previsões de Nostradamus, agora me sinto personagem de George Orwel em frente ao Grande Irmão. A banalidade do mal, da violência. O teatro do Grand Guignol perdeu o sentido quando a França passou a vivenciar os males reais da guerra. O que será preciso acontecer aqui? O grito, a dor e a morte já se banalizaram por aqui.  A conexão midiática que fizemos dentro do progresso fez com que movimentos de preconceito ganhassem força, do mesmo jeito que nos identificamos com nossos pares outros também se identificam com seus iguais e tomam força. Mas dizer que todos os eleitores do JB são assim, não, não são, e a cúpula soube jogar muito bem o jogo dos descontentes. E então é transformada em estátua a figura do sujeito matável já antes conhecido, mas disfarçadamente anunciado. Como isso não te assusta?

 
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